terça-feira, 11 de setembro de 2012

.capítulo décimo terceiro: um ser imaginativo, mas pouco produtivo.


Então, gente. Eu descobri que tenho um problema. Tá. Ok. Eu admito. Não é só um problema. São vários. Começa pelo seguinte: eu tenho bilhões de ideias por segundo. É uma parada supers legal! E tal... O problema número 1 é que eu sou PÉSSIMA para tirar essas ideias do papel. Péssima no sentido de que realizo pouquíssimas. Quase nenhuma. Praticamente apenas as que sou de alguma forma obrigada. Eu tenho bilhões de cadernos espalhados pela minha casa (e provavelmente mais outro bilhão pela casa da minha mãe) onde guardo essas ideias. Das mais simples as mais megalomaníacas. Mas na hora de tirar do papel eu travo. A menos que eu tenha um dead line. Aí eu provavelmente faço em cima da hora. E fica ok. Nada de outro mundo. Só que no papel era uma parada incrível, sabe? E aí eu fico triste que não ficou incrível como eu tinha pensado.
O que nos leva ao problema número 2: o DIY talvez não seja pra mim, gente. Preciso aceitar o fato de que não sou uma pessoa prendada. É. É difícil admitir isso, tá?! Ainda mais porque minha mãe parece que nasceu com duas mãos direitas e deve ser uma das pessoas mais prendadas que eu conheço. E eu vou pra pós toda semana, com esse monte de artista plástico, que saca um monte de materiais e métodos de confecção das coisas e penso “onde eu estava quando eles aprenderam isso?” (rs).
            É um círculo vicioso: eu tenho a ideia >> já assumo que vai ficar uma merda >> nem tiro do papel OU deixo pro último minuto >> e realmente não fica tão bom assim.
            E criei um blog que deveria ser super DYI. Sacaram o por quê da falta de posts?
Se isso fosse um blog de onde comer em Buenos Aires, ou sobre os mais diversos filmes do mundo, acho que ia ter post todo dia que eu tivesse saco de postar. Coisa é que esse blog deveria ser alimentado por um ser prendado. O que, vamos encarar a realidade, não é o caso...
Então podemos assumir que esse blog vai falar sobre milhões de coisas no mundo, talvez até sobre decoração, mas, provavelmente, vai ter muito pouco conteúdo tutorial de DIY para repetir em casa? Assim eu me liberto e posto mais! Brigada pela compreensão! ;)

terça-feira, 3 de julho de 2012

.capítulo décimo segundo: dividindo informações.


Hoje eu queria fazer um post especial para Juh e a Kina: duas pessoas especiais, que não sabem como chegaram até meu blog, mas que se inspiraram, se identificaram, e compartilharam comigo um pouquinho das suas questões.

=)

Meninas, queria dizer para vocês que, realmente, não foi fácil alugar um lugar tão permanente como minha casinha atual. Maaaaas, não desanimem! Cada experiência é uma experiência. Minha primeira experiência aqui foi bastante diferente dessa, por exemplo.

Quando eu cheguei ia ficar apenas 6 meses. Só para estudar um tempo e ter a experiência de morar fora. Tinha juntado uma grana e podia alugar um apartamento para estrangeiros – como chamamos por aqui os apês que a gente aluga pagando um único valor mensal (que inclui, geralmente, além do valor do aluguel, o condomínio e as contas). Por causa da economia meio louca argentina, quase sempre se paga em dólares, tá gente?! Normal.

Nessa época, morei 1 semana num hostel até achar um apê e, apesar de já ter visto muitos apartamentos por foto (ainda no Brasil eu olhava muitas coisas pela internet), foi só chegando aqui e conversando com as pessoas do albergue que fui conhecendo o caminho das pedras.

Tem sites muito legais e altamente recomendáveis como o http://www.soloduenos.com.ar/ ou o http://buenosaires.es.craigslist.org/ que podem ajudar - e muito - na hora de buscar um apê por aqui. Afinal, em sendo estrangeiro, nossas opções ficam mesmo um pouco mais limitadas a aluguéis diretos com donos de apartamentos, ou de pessoas que alugam quartos nas suas casinhas.

Eu também cheguei aqui sem lenço, documento ou amigos. Os documentos, na verdade, comecei a agilizar ainda no Brasil – nossos países tem um acordo, por causa do Mercosul, no qual podemos tirar o documento de residência temporária que nos permite viver legalmente, trabalhando e tudo, por 2 anos. Depois de chegar aqui descobri que poderia ter feito o processo daqui que daria no mesmo e, talvez, ainda saísse mais barato. Mas eu acho que vale ir no consulado argentino mais perto de você e se informar...

Os amigos fiz por aqui mesmo!

=)

Pessoas lindas, que amo de paixão. Algumas delas são como família mesmo pra mim. Não se preocupem que isso vem com o tempo. E vários deles moram aqui em esquemas diferentes do meu: alguns conseguiram quartos em casas, outros conseguiram alugar direto com os donos. Cada um tem uma história.
Enfim, meninas, espero vê-las em breve aqui por terras portenhas!

Obs: Já tenho materiais comprados para posts mais DIY. Assim que a poeira do final de semestre baixar, projetinhos serão executados e devidamente postados aqui! Cenas do próximo capítulo! ;)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

.capítulo décimo primeiro: outras novas aquisições.

Gente! Jura que o último post por aqui foi em JANEIRO?! Mas eu podia jurar que tinha escrito depois disso! Não? Tem certeza? Ui. Sonhei, então, gente... perdão, hein?! Hahahaha


Mas então, no último fim de semana eu tive a experiência de conhecer a dona de um blog que eu adoro ler, a Vivi do D<3. Essa experiência e toda a fofura da Vivi me animaram de retomar o bloguito. Porque eu passo meio anônima, desapercebida pela blogosfera, sabe, gente. Apesar de ler diariamente, tenho vergoiiiiinha de comentar por aí e tals... Afinal, essas pessoas são tão prendadas. Tão DIY. Tão criativas... E eu? Bom. Eu tenho ideias. Várias! Realizar que é bom, tá difícil, viu. Aí? Aí eu compro. Hahahaha Quando o tempo deixa e o dinheiro permite, claro.



As férias que tirei (já faz quase 2 meses!) foram um momento supers especial para isso! E adivinhem só: a mala voltou com vários mimos pra casinha! Aliás, tudo que comprei nessa viagem foram mimos pra casinha. Hahaha Acho que me inspirei pelo lugar, sabe? É que eu fui pro Chile, terra desse poeta incrível chamado Pablo Neruda.



Pablo tem 3 famosas casas que são pontos super turísticos no país: uma em Santiago, uma em Valparaíso e uma em Isla Negra. Eu não sabia, até ir a primeira vez ao Chile, mas Pablo era um colecionista e isso dá o tom de todas as suas casas - além de toda influência do mar, que também fascinava o poeta.



Questão é que você entra em qualquer uma das casas do Sr. Neruda e tem de um tudo. E você pode pensar “ah, mas são museus, querem mostrar tudo que o cara tinha” e pode crer, também pensei isso. E perguntei pros guias. E não. Tudo está aí como Pablo e sua última esposa, Matilda, deixaram. E é um monte de coisa sim, mas faz sentido, sabe? Dá a cara e o tom das pessoas que viviam nessas casas.



E aí que não resisti. E pra trazer um pouquinho desse espírito comigo trouxe essas lindas bandeirolas diretamente da Chascona (a casa de Pablo e Matilda em Santiago) para dar a cara e o tom da pessoa que vive na minha casa!


 

Passeando por uma feirinha, em Santiago, me apaixonei pelos lustres coloridos. Também botei na mala! Agora a sala é mais verdinha. E o quarto mais alaranjado. E a dona desse lar, uma boba feliz.

E por fim, eis que na esquina do meu albergue tinha uma dessas lojas de departamento meio tipo Renner, sabe?! E aí que eu me deparei com esse jogo para cozinha que era simplesmente a cara da minha cozinha. Tinha como não botar na mala?



domingo, 15 de janeiro de 2012

.capítulo décimo: novas aquisições.


Então, gente, como eu já havia adiantado no último post: comprei uma mesa e quatro banquinhos pra casa! Breve retrospectiva: segunda-feira. Dois de janeiro. A pessoa super motivada pelo novo ano, por ter uma graninha, por já ter namorado uma mesinha, se atira de cabeça no paraíso do "faça você mesmo a sua própria casa" aka Jumbo-Easy.

O Jumbo-Easy é uma espécie de Leroy-Merlin aqui de Buenos Aires. Daqueles lugares que você encontra de absolutamente um tudo: desde pregos e martelos, até o arroz de todo dia. Mas é mais. Muito mais. Porque além do supermercado e da loja para coisas de casa/ material de construção, tem uma espécie de shopping também, com loja de roupa, de sapato, de livro, de vinho, de havana, ......

Eu tinha ido duas vez antes lá: a primeira quando precisei urgentemente de um colchonete para receber um amigo. Tinha saído para almoçar com uma amiga e comentei que precisava comprar um colchonete e ela me apresentou o Jumbo. Eu soube de cara que íamos ser grandes amigos!

Mas demorei até conseguir voltar lá. E a segunda visita só saiu por ali pelo Natal. Eu precisava comprar presentes para minha família gigante e pensei que num lugar tão eclético eu poderia dar sorte de encontrar coisas legais pro maior número de pessoas possíveis da família. Doce ilusão. Rodei, rodei, mas não gostava de nada. Saí deprimida e sem nenhum presente pra ninguém. Mas (hoje) eu sei que não foi culpa do Jumbo-Easy, pobre.

A terceira visita foi essa especial da compra da mesinha e dos banquinhos. E também de outro utensílio MUITO especial: um martelo. Sim, senhoras e senhores, eu agora tenho um martelo para chamar de meu. Junto com um pacotinho de pregos! hahahaha Essas aquisições são para projetos em andamento. Mas não vou adiantar nada... Fiquem, por enquanto, curtindo minha mesa e meus banquinhos junto comigo! =)

Eu agora toma café da manhã quase todo dia aí. Delícia. Mudou minha rotina! 

Eu não sei se o Jumbo é uma grande dica para você de passeio por Buenos Aires, afinal, eu duvido que você leve uma mesa de plástico como souvenir da sua viagem de férias. E as outras lojas que tem lá são bastante encontráveis em outros contextos como rua, shopping, etc, mas enfim #ficadica.

E também uso de desculpa para convidar os amigos para vir comer!

OBS: Dá pra reparar que a casinha tem tema no que diz respeito a cores, néam?! hahahahaha

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

capítulo nono: sobre as resoluções de ano novo

sim. faz mais de dois meses que eu não posto nada aqui. e eu poderia escrever todas aquelas desculpas que vocês já conhecem dos posts anteriores para o meu sumiço. só que essa mocinha muito sábia desvendou o motivo da minha procrastinação e eu vou compartilhar com vocês.

carol carolina bela é, além de minha chefe, uma grande amiga aqui nas terras portenhas. e tem muuuuuuuito mais experiência que eu nessa coisa de morar fora. e um dia, conversando, contei pra ela desse espaço virtual. contei dos planos que tinha pra casinha e como eu sempre postergava tudo. os quadros que nunca foram emoldurados, os móveis que nunca foram comprados, enfim, as idéias que nunca sairam do papel. e ela, garota esperta que só ela, me disse que eu tinha medo. é. medo.

díficil de acreditar que a pessoa que escolheu, por livre e espontânea vontade, mudar de país agora tenha medo, né? não é consciente, gente. isso eu garanto. mas, refletindo sobre o assunto, percebi que ela tinha toda razão: cada coisa que eu compro pra casinha é uma raíz mais profunda que eu finco nesse lugar. é uma coisa a mais pra embrulhar se, um dia, eu quiser ir embora. e se eu decidir ir embora amanhã? será que dá pra levar tudo isso? será que comprar isso significa que eu não quero mais voltar? que eu não quero mais viver onde eu vivi por 24 anos? perto de tudo que eu conhecia e chamava de lar?

não. não é simples. e não é consciente. e mesmo a vida estando incrível e feliz e cheia de aventuras, descobertas e aprendizados é difícil. mesmo que eu não tenha planos de voltar tão cedo. mesmo que, lentamente, eu esteja aprendendo a chamar esse lugar de casa. fincar raízes, se comprometer, nunca é fácil.

mas agora eu tomei consciência. entendi o que me paraliza. e isso me fez encarar a situação. me obrigou a lidar com ela.

eu não tive muitas resoluções de ano novo. quase nenhuma, aliás. mas uma das poucas foi decorar a minha casa! sem muito medo. se um dia eu decidir voltar pro brasil ou me mudar pra outro lugar desse mundão de meu deus, aí eu penso em como carregar tudo comigo. agora, o que importa, é essa casa. esse retangulinho sem muitas divisões de cômodos do qual eu sinto saudade quando tô longe. esse espacinho de mundo que eu tenho tentado deixar com a minha cara e que é o meu lar. e ele merece, sem sombra de dúvidas, todo o carinho e atenção que eu puder dar.

já comprei coisinhas novas pra casa. hoje fiz uma compra importante: uma mesa e 4 banquinhos! hahahahaha não tem foto ainda mas, em breve, eu posto tudo aqui. e, se tudo der certo, esse ano o bloguito vai ser recheado de posts! então, não desistam de mim, tá?

vemnimim 2012, que eu te quero muito!